Há momentos em nossa vida nos quais precisamos dar um tempo para nós mesmos.
Parar para ouvir o que outras pessoas têm a dizer, conviver com outras perspectivas, refletir e repensar nossas ideias e convicções, mensurando tudo segundo a Palavra de Deus, o único padrão seguro em medidas espirituais.
Além disso, a caminhada espiritual exige que, vez por outra, paremos para restaurar nossas forças, comer um pedacinho de "pão", tomar um gole de "água" e colocar um pouco de azeite em possíveis arranhões que ganhamos ao longo da jornada.
Isso é natural e extremamente importante, pois, à semelhança do corpo, nossa alma e nosso espírito precisam de renovação, de um tempo para "respirar".
É impossível, pelo menos para mim, viver o azáfama permanente do ativismo que a filosofia do "tem que ser" prega e envolve o pensamento de muitos cristão hoje. Não dá, simplesmente, não dá!
E quando nós damos essa chance ao Senhor para desconstruir e reconstruir nossos conceitos, para nos conduzir por caminhos novos, para ampliar nossa visão acerca de coisas que não conseguiamos ver, ou ainda, para solidificar elementos de nossa fé, sempre no sentido de nos aperfeiçoar, de nos fazer crescer saudáveis como seus filhos, firmados na Verdade, descobrimos como são salutares esses momentos nos quais nos "desensimesmamos" e nos abrimos para novos horizontes.
Foi com esse propósito de parar para ouvir, de sair do meio do turbilhão para um recanto onde pudesse ouvir e meditar, que fui para Campina Grande-PB, participar do evento "Consciência Cristã". E a questão não é o fato de serem esses ou aqueles preletores, de ter ou não ter tal grupo ou cantor. O ponto é saber o que se está pensando por aí, ser apenas mais um na multidão, deixar que o Senhor me achasse ali, em meio a milhares de pessoas. Aliás, essa é uma questão bem interessante: o anonimato.
Ser anônimo em um evento como aquele é uma condição que se assemelha a ser igual a todo mundo. E aí, é tremenda a sensação quando a voz do Senhor sai rasgando o ambiente à volta, entra nos teus ouvidos e desce ao nosso coração, fazendo o espírito tremer e a gente pensar sobre tudo o que Ele está nos dizendo, ao mesmo tempo que nos sentimos motivados a atender seu convite ao novo.
Novo, não significa exatamente novo. Pode representar coisas antigas que se perderam com o tempo em nossa vida, outras que foram esquecidas em um cantinho da mente. Pode até mesmo significar algo que nunca vivenciamos em decorrência de nossa displicência como cristãos. Bem, não importa! O que vale é que Ele fala conosco e isso implica em mudança, em renovo, em força para caminhar, para explorar novas paragens, para descobrir mais dEle.
Foi muito bom ter a oportunidade de ouvri a Palavra e as experiências de servos de Deus como Norman Geisler, Russel Shedd, Augustus Nicodemus, Jorge Noda, Silas Campos, Mauro Meister e tantos outros, que nos abençoaram naquele lugar com seus ministérios, dispondo-se a serem usados pelo Senhor.