"Coloquei toda minha esperança no Senhor; ele se inclinou para mime ouviu meu grito de socorro. Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs os meus pés sobre uma rocha e firmou-me num local seguro. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino de louvor ao nosso Deus. Muitos verão isso e temerão ao Senhor." Sl 40.1-3 (NVI)
Este é um texto que proclama o resultado de se esperar no Senhor, de aguardar com paciência pela providência divina, pelo momento de Deus.
Davi exulta e relata jubiloso que o Senhor tirou-lhe de um tremedal de lama, e pondo seus pés em lugar sólido, seguro, deu-lhe firmeza no andar, como consequência de haver tomado uma atitude de fé.
Quando se vive em um período a exemplo da atualidade, onde o imediatismo é algo que tem se inserido de forma virulenta na teologia que muitos têm seguido e proclamado, a expressão utilizada pelo salmista no primeiro versículo, "coloquei toda minha esperança no Senhor" (em outras versões, "esperei com paciência no Senhor"), parece inconcebível porque traduz um sentimento de plena confiança no socorro, na providência e na orientação divina. E isso, quase sempre requer abdicar de nossa iniciativa pessoal, refrear as vontades humanas, para agir conforme o desígnio divino.
Contudo, esperar com paciência é mais do que ficar sentado aguardando o milagre. É preciso que tenhamos a disposição de lançar-se ao trabalho, à oração, quantas vezes forem necessárias, a fim de alcançarmos o objetivo que o próprio Deus colocou em nosso coração. Em Lucas 5.1-7, encontramos Pedro e seus companheiros envolvidos na pesada rotina dos pescadores do mar da Galiléia, provavelmente extenuados após uma noite inteira de infrutífero trabalho. Jesus, após proferir seu ensino ao povo à volta, diz a Pedro que retornem ao mar, o que aos olhos dos experiente pescadores, deveria parecer uma insanidade. O próprio Pedro argumenta: "Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada" (Lc 5.5a).
Quantas vezes, nosso argumento não é semelhante ao empregado por Pedro? Em nossa impaciência ou imediatismo, dizemos ao Senhor que temos orado, que já fizemos isso ou aquilo, que já estamos cansados de falar a mesma coisa, de percorrer o mesmo caminho, de lutar pela mesma causa. Outras vezes, sob um ilusório argumento de fé, ficamos sentados, olhando para o vazio, "esperando que chova mel, para morrermos doces".
Esquecemos que Pedro, embora cansado, ainda que nem acreditando muito naquilo que o Senhor dissera, resolveu que melhor que nada nas mãos, era a esperança de se obter algo, porque havia uma palavra que lhe alimentava a pequena fé. Assim, Pedro agarra-se na promessa contida na voz do Mestre e diz para Jesus: "Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes" (Lc 5.5b). E isto nos leva a refletir sobre dois pontos.
O primeiro fala sobre o fato de crer. Se o Senhor prometeu, Ele cumprirá (Nm 23.29) e a única forma de muitas vezes Sua promessa não se cumprir é sairmos do centro de Sua vontade. Há pessoas que afirmam que mesmo na sua infidelidade, o Senhor permanece fiel, entretanto, o pecado, a falta de arrependimento, de temor, de santidade, podem se tornar sim obstáculos para que a boa, perfeita e agradável vontade de Deus em nossa vida se cumpra. Saul, por exemplo, escolhido por Deus para ser rei sobre Israel, teve uma oportunidade áurea que não soube aproveitar, agindo contrariamente aquilo que lhe fora orientado pelo Eterno através de Samuel, sendo pois rejeitado. Perdeu a benção. Jeroboão foi outro desventurado, pois recebendo o governo das 10 tribos do norte, em lugar de conduzí-las pelo caminho do temor e da obediência ao Senhor, perdeu-se na idolatria.
O segundo ponto reside no fato de Pedro não ter ficado parado, tentando argumentar com Jesus acerca do trabalho sem êxito que tiveram à noite, das possibilidades mínimas que, nas condições do momento, alcançarem qualquer sucesso em sua pescaria ou do cansaço que tomava conta de seu corpo. Ele foi à luta: colocou as redes no barco, içou as velas e navegou contra todas as chances, quem sabe até, sob o escárnio de outros pescadores. Devemos observar, porém, que os mesmos pescadores que talvez tenham rido de sua atitude, foram os que, chamados por ele, tiveram que ajudar a recolher as redes cheias de peixes.
No Salmo 125 encontramos a afirmação de que "os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre", ou seja, não se deixam vencer pelas dificuldades, ou porque se viram derrotados em uma batalha. Prosseguem, perseveram e mantém firme o olhar em Jesus, aguardando o cumprimento de Suas promessas.
Eles sabem que apesar de muitas vezes, estarem em um charco horrível de tristeza, cansaço, acusações injustas, perseguições ou fragilidade, Deus não permitirá que permaneçam assim para sempre, pois têm a certeza que Ele "fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças" (Is 40.29).
Estão conscientes que "aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam." (Is 40.31).
Devemos manter viva no coração a convicção que o Eterno pode todas as coisas e que nenhum de seus planos pode ser frustrado. Portanto, mantenhamo-nos firmes, e que nada nos abale, pois, como afirmou Davi, "nossa esperança está no Senhor; ele é o nosso auxílio e a nossa proteção" (Sl 33.20).
Contudo, esperar com paciência é mais do que ficar sentado aguardando o milagre. É preciso que tenhamos a disposição de lançar-se ao trabalho, à oração, quantas vezes forem necessárias, a fim de alcançarmos o objetivo que o próprio Deus colocou em nosso coração. Em Lucas 5.1-7, encontramos Pedro e seus companheiros envolvidos na pesada rotina dos pescadores do mar da Galiléia, provavelmente extenuados após uma noite inteira de infrutífero trabalho. Jesus, após proferir seu ensino ao povo à volta, diz a Pedro que retornem ao mar, o que aos olhos dos experiente pescadores, deveria parecer uma insanidade. O próprio Pedro argumenta: "Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada" (Lc 5.5a).
Quantas vezes, nosso argumento não é semelhante ao empregado por Pedro? Em nossa impaciência ou imediatismo, dizemos ao Senhor que temos orado, que já fizemos isso ou aquilo, que já estamos cansados de falar a mesma coisa, de percorrer o mesmo caminho, de lutar pela mesma causa. Outras vezes, sob um ilusório argumento de fé, ficamos sentados, olhando para o vazio, "esperando que chova mel, para morrermos doces".
Esquecemos que Pedro, embora cansado, ainda que nem acreditando muito naquilo que o Senhor dissera, resolveu que melhor que nada nas mãos, era a esperança de se obter algo, porque havia uma palavra que lhe alimentava a pequena fé. Assim, Pedro agarra-se na promessa contida na voz do Mestre e diz para Jesus: "Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes" (Lc 5.5b). E isto nos leva a refletir sobre dois pontos.
O primeiro fala sobre o fato de crer. Se o Senhor prometeu, Ele cumprirá (Nm 23.29) e a única forma de muitas vezes Sua promessa não se cumprir é sairmos do centro de Sua vontade. Há pessoas que afirmam que mesmo na sua infidelidade, o Senhor permanece fiel, entretanto, o pecado, a falta de arrependimento, de temor, de santidade, podem se tornar sim obstáculos para que a boa, perfeita e agradável vontade de Deus em nossa vida se cumpra. Saul, por exemplo, escolhido por Deus para ser rei sobre Israel, teve uma oportunidade áurea que não soube aproveitar, agindo contrariamente aquilo que lhe fora orientado pelo Eterno através de Samuel, sendo pois rejeitado. Perdeu a benção. Jeroboão foi outro desventurado, pois recebendo o governo das 10 tribos do norte, em lugar de conduzí-las pelo caminho do temor e da obediência ao Senhor, perdeu-se na idolatria.
O segundo ponto reside no fato de Pedro não ter ficado parado, tentando argumentar com Jesus acerca do trabalho sem êxito que tiveram à noite, das possibilidades mínimas que, nas condições do momento, alcançarem qualquer sucesso em sua pescaria ou do cansaço que tomava conta de seu corpo. Ele foi à luta: colocou as redes no barco, içou as velas e navegou contra todas as chances, quem sabe até, sob o escárnio de outros pescadores. Devemos observar, porém, que os mesmos pescadores que talvez tenham rido de sua atitude, foram os que, chamados por ele, tiveram que ajudar a recolher as redes cheias de peixes.
No Salmo 125 encontramos a afirmação de que "os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se pode abalar, mas permanece para sempre", ou seja, não se deixam vencer pelas dificuldades, ou porque se viram derrotados em uma batalha. Prosseguem, perseveram e mantém firme o olhar em Jesus, aguardando o cumprimento de Suas promessas.
Eles sabem que apesar de muitas vezes, estarem em um charco horrível de tristeza, cansaço, acusações injustas, perseguições ou fragilidade, Deus não permitirá que permaneçam assim para sempre, pois têm a certeza que Ele "fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças" (Is 40.29).
Estão conscientes que "aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam." (Is 40.31).
Devemos manter viva no coração a convicção que o Eterno pode todas as coisas e que nenhum de seus planos pode ser frustrado. Portanto, mantenhamo-nos firmes, e que nada nos abale, pois, como afirmou Davi, "nossa esperança está no Senhor; ele é o nosso auxílio e a nossa proteção" (Sl 33.20).
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