A mente humana funciona como um "centro de controle" de onde partem os comandos para o nosso corpo. Nela são processados nossos pensamentos e ideias, estão armazenados nossos sentimentos e tomamos nossas decisões mais importantes. Assim, podemos perceber a importância que ela possui em tudo aquilo que fazemos.
Todas essas atividades estão ligadas ou ao intelecto, ou ao aspecto sentimental, sendo ambos áreas diretamente ligadas à alma humana. E neste sentido, quero esclarecer aos leitores deste post, que estou escrevendo sob uma perspectiva tricotomista, ou seja, do homem composto de corpo, alma e espírito, sem qualquer intenção de polemizar com aqueles que defendem a visão dicotomista.
Como afirmávamos, as atividades intelectivas, sentimentais e volitivas, residem na seara da alma, contudo, precisam estar sob o domínio do espírito, no qual encontraremos elementos cruciais para uma vida em consonância com a Palavra, sobretudo no que diz respeito à consciência.
A consciência é responsável pelo discernimento e representa a capacidade que permite ao espírito distinguir entre o que é certo e o que é errado, bem como, sobre nossa condição diante de Deus (Sl 51.10; At 17.16; Rm 8.16). Porém, essa distinção não se dá pelo conhecimento acumulado na mente, contudo, por um julgamento espontâneo e direto. Na prática, observamos que o raciocínio humano, o qual é produzido pela mente, pode tentar justificar um ato errado cometido por nós ou por outra pessoa, no entanto, a consciência age imparcialmente e, imediatamente, levanta sua voz de advertência.
Retomando a questão da mente, entendemos que ela é fundamental para uma vida agradável ao Senhor, pois, como vimos inicialmente, controla nossas atividades, incluindo aquelas sobre as quais não temos o menor controle, a exemplo dos batimentos de nosso coração. Mas, o que podemos chamar de uma "vida agradável a Deus"? E que relação existe entre esse tipo de existência e a mente?
Bem, em primeiro lugar, é interessante observarmos que a Bíblia nos mostra uma vida agradável a Deus como aquela em que há, sobretudo, santificação. E a ideia bíblica de santificação é a de "separação", que, por sua vez, representa diferença, "estar" no mundo, mas "não ser do mundo", isto é, embora vivendo aqui, manter-se como propriedade exclusiva do Senhor (Ex 19.5; 1 Pe 2.9).
É isto que o apóstolo Paulo quer nos dizer quando recomenda que não devemos nos conformar (tomar a forma) com este mundo, mas devemos procurar ser transformados diariamente em nossa mente, para que experimentemos "a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.1,2). Assim, podemos entender essa recomendação da seguinte forma: "não sejam como o mundo, mas procurem mudar sua mente todos os dias, isto é, seus pensamentos, seus sentimentos, suas vontades e, por conseguinte, suas ações, para que vocês vivam em santificação e possam andar de forma a serem agradáveis aos olhos do Senhor".
Esse não é um processo fácil. Requer disposição para mudar, perseverança em autoaprimorar-se, atenção para garimpar aquilo que realmente é saudável para nossa alma e nosso espírito, paciência para esperar o tempo estabelecido pelo Eterno para cada etapa de nossa vida. Logo, dá para entender que é preciso sacrificar nosso "eu", procurando ser humilde para aprender e submisso ao Senhor.
Só assim seremos enriquecidos, num sentido que ultrapassa a ideia de tornar-nos ricos materialmente, mas trata de aumentar, desenvolver, melhorar, ornamentar, abrilhantar, ou seja, tornar nossa vida espiritual cada dia melhor.
Para termos maior clareza sobre esse "enriquecimento", tomemos o exemplo de uma reforma no local onde vivemos, onde temos a nossa intimidade. Geralmente o propósito é proporcionar melhores condições para nós e para quem convive nesse espaço, o que nos possibilita desfrutar melhor de nossa casa e nos torna mais felizes.
Quando falamos de enriquecer nossa mente como filhos de Deus, estamos tratando de melhorar a qualidade de nossos pensamentos, aprimorar nossos sentimentos, promover uma reforma interna em nós mesmos, de forma que nossos horizontes espirituais sejam ampliados. É o caminho para deixarmos de pensar pequeno, de procurar satisfazer unicamente a carne e de ter uma visão medíocre do mundo. E isso acontece, porque nossas "janelas espirituais" passam a se abrir em outra direção: na direção do Senhor.
Como podemos fazer essa reforma?
Reformas, para que sejam bem feitas, precisam do trabalho de um profissional qualificado para organizar nossos espaços. Alguém que siga um projeto funcional, adequado às finalidades para as quais o ambiente tenha sido construído e que proporcione qualidade de vida para as pessoas.
Para promovermos uma reforma espiritual em nós, precisamos permitir que o Espírito Santo organize nossos pensamentos, nossos sentimentos, nosso guarda-roupa, nossas atitudes e nossos relacionamentos. Precisamos aceitar que Ele nos conduza ao projeto original de nossa existência, conforme o Eterno elaborou. E só assim poderemos ter uma boa qualidade de vida espiritual, que nos mantenha em paz, equilibrados, felizes conosco e fazendo as demais pessoas felizes.
É claro que isso vai gerar um tremendo desconforto em nós, pois, uma reforma produz barulho, poeira, entulho e, não raro, obriga-nos a mudar de lugar, a deixar antigos hábitos, a alterar nossa rotina. Assim, uma reforma espiritual incomoda porque somos levados a rever nossas posições, a sair de nossa zona de conforto e a sermos "quebrados" pelo Senhor, para que, desta forma, as mudanças que Ele deseja em nós ocorram.
O melhor de tudo isso é que, quando Ele organiza e adorna nossos espaços espirituais, enriquece nossa mente e passamos a desfrutar de um novo horizonte, onde podemos experimentar o refrigério da paz que excede todo entendimento, revestindo nosso coração e nossos sentimentos (Fp 4.7).
Passamos a ver mais longe, acima e além das circunstâncias, através do discernimento que o Espírito nos proporciona e podemos ouvir a voz de Deus de forma muito mais intensa e nítida.
Passamos a ter uma compreensão mais cristalina acerca do amor, uma convicção muito mais forte sobre o céu e uma busca mais intensa por Ele.
Passamos ser gerados em Deus e a ter a mente de Cristo.
A consciência é responsável pelo discernimento e representa a capacidade que permite ao espírito distinguir entre o que é certo e o que é errado, bem como, sobre nossa condição diante de Deus (Sl 51.10; At 17.16; Rm 8.16). Porém, essa distinção não se dá pelo conhecimento acumulado na mente, contudo, por um julgamento espontâneo e direto. Na prática, observamos que o raciocínio humano, o qual é produzido pela mente, pode tentar justificar um ato errado cometido por nós ou por outra pessoa, no entanto, a consciência age imparcialmente e, imediatamente, levanta sua voz de advertência.
Retomando a questão da mente, entendemos que ela é fundamental para uma vida agradável ao Senhor, pois, como vimos inicialmente, controla nossas atividades, incluindo aquelas sobre as quais não temos o menor controle, a exemplo dos batimentos de nosso coração. Mas, o que podemos chamar de uma "vida agradável a Deus"? E que relação existe entre esse tipo de existência e a mente?
Bem, em primeiro lugar, é interessante observarmos que a Bíblia nos mostra uma vida agradável a Deus como aquela em que há, sobretudo, santificação. E a ideia bíblica de santificação é a de "separação", que, por sua vez, representa diferença, "estar" no mundo, mas "não ser do mundo", isto é, embora vivendo aqui, manter-se como propriedade exclusiva do Senhor (Ex 19.5; 1 Pe 2.9).
É isto que o apóstolo Paulo quer nos dizer quando recomenda que não devemos nos conformar (tomar a forma) com este mundo, mas devemos procurar ser transformados diariamente em nossa mente, para que experimentemos "a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.1,2). Assim, podemos entender essa recomendação da seguinte forma: "não sejam como o mundo, mas procurem mudar sua mente todos os dias, isto é, seus pensamentos, seus sentimentos, suas vontades e, por conseguinte, suas ações, para que vocês vivam em santificação e possam andar de forma a serem agradáveis aos olhos do Senhor".
Esse não é um processo fácil. Requer disposição para mudar, perseverança em autoaprimorar-se, atenção para garimpar aquilo que realmente é saudável para nossa alma e nosso espírito, paciência para esperar o tempo estabelecido pelo Eterno para cada etapa de nossa vida. Logo, dá para entender que é preciso sacrificar nosso "eu", procurando ser humilde para aprender e submisso ao Senhor.
Só assim seremos enriquecidos, num sentido que ultrapassa a ideia de tornar-nos ricos materialmente, mas trata de aumentar, desenvolver, melhorar, ornamentar, abrilhantar, ou seja, tornar nossa vida espiritual cada dia melhor.
Para termos maior clareza sobre esse "enriquecimento", tomemos o exemplo de uma reforma no local onde vivemos, onde temos a nossa intimidade. Geralmente o propósito é proporcionar melhores condições para nós e para quem convive nesse espaço, o que nos possibilita desfrutar melhor de nossa casa e nos torna mais felizes.
Quando falamos de enriquecer nossa mente como filhos de Deus, estamos tratando de melhorar a qualidade de nossos pensamentos, aprimorar nossos sentimentos, promover uma reforma interna em nós mesmos, de forma que nossos horizontes espirituais sejam ampliados. É o caminho para deixarmos de pensar pequeno, de procurar satisfazer unicamente a carne e de ter uma visão medíocre do mundo. E isso acontece, porque nossas "janelas espirituais" passam a se abrir em outra direção: na direção do Senhor.
Como podemos fazer essa reforma?
Reformas, para que sejam bem feitas, precisam do trabalho de um profissional qualificado para organizar nossos espaços. Alguém que siga um projeto funcional, adequado às finalidades para as quais o ambiente tenha sido construído e que proporcione qualidade de vida para as pessoas.
Para promovermos uma reforma espiritual em nós, precisamos permitir que o Espírito Santo organize nossos pensamentos, nossos sentimentos, nosso guarda-roupa, nossas atitudes e nossos relacionamentos. Precisamos aceitar que Ele nos conduza ao projeto original de nossa existência, conforme o Eterno elaborou. E só assim poderemos ter uma boa qualidade de vida espiritual, que nos mantenha em paz, equilibrados, felizes conosco e fazendo as demais pessoas felizes.
É claro que isso vai gerar um tremendo desconforto em nós, pois, uma reforma produz barulho, poeira, entulho e, não raro, obriga-nos a mudar de lugar, a deixar antigos hábitos, a alterar nossa rotina. Assim, uma reforma espiritual incomoda porque somos levados a rever nossas posições, a sair de nossa zona de conforto e a sermos "quebrados" pelo Senhor, para que, desta forma, as mudanças que Ele deseja em nós ocorram.
O melhor de tudo isso é que, quando Ele organiza e adorna nossos espaços espirituais, enriquece nossa mente e passamos a desfrutar de um novo horizonte, onde podemos experimentar o refrigério da paz que excede todo entendimento, revestindo nosso coração e nossos sentimentos (Fp 4.7).
Passamos a ver mais longe, acima e além das circunstâncias, através do discernimento que o Espírito nos proporciona e podemos ouvir a voz de Deus de forma muito mais intensa e nítida.
Passamos a ter uma compreensão mais cristalina acerca do amor, uma convicção muito mais forte sobre o céu e uma busca mais intensa por Ele.
Passamos ser gerados em Deus e a ter a mente de Cristo.
Um comentário:
A paz do Senhor, Pastor Mendes.
Penso que para termos a nossa mente forjada como a mente de Cristo, o primeiro passo é estarmos ligados ao corpo de Cristo, isto é, a Igreja. Toda base de relacionamento com Deus somente poderá ser alicerçado quando saímos para fora ("ekklesia") do mundo e ingressamos no corpo de Cristo. Isso implica em comunhão com os membros do corpo e com Aquele que é a cabeça do corpo.
Assim sendo, ter a mente de Cristo é estar em Cristo e em comunhão uns com os outros. Ter a mente de Cristo é estar sob o senhorio de Cristo, a cabeça do corpo. É, de fato, estar na dependência e no domínio do Espírito Santo, que é quem dá vida ao corpo.
Ter a mente de Cristo é amar quem Cristo ama, isto é, a todas as pessoas, sejam agradáveis ou agressivas;
Ter a mente de Cristo é ansiar o que Cristo anseia, isto é, estar a Igreja junta de Cristo para sempre (Jo 17.24);
Ter a mente de Cristo é pensar nas coisas de cima e não nas coisas daqui debaixo (Cl 3.1-2);
Ter a mente de Cristo é suportar e perdoar aqueles que nos ofendem;
Ter a mente de Cristo é não tolerar o pecado e o erro, mas nunca deixar de amar quem erra;
Ter a mente de Cristo é falar como Cristo (com amor), sentir como Cristo (com amor), sofrer como Cristo (por amor), viver como Cristo (pelo amor).
De fato, Pastor Mendes, precisamos do Senhor Jesus forjando a nossa mente e coração para que possamos viver desta forma. Afinal, foi Ele mesmo que nos disse: Sem mim, nada podereis fazer" (Jo 15.5b).
Fica na Paz!
Sidcley - Blog Bíblia: Martelo Divino(http://mdivino.blogspot.com/)
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